Ilhéus caminha para seus 500 anos. Nesta semana, a cidade completa 491, mas, infelizmente, não existe qualquer planejamento ou projeto à altura dessa trajetória. Não há calendário festivo nem turístico — o que certamente abriria as portas para grandes negócios promovidos por visitantes.
Sob a alegação megalomaníaca de que Ilhéus não teria condições de concorrer com outras cidades nas festas juninas, o prefeito promoveu um São João antecipado. De fato, o evento foi organizado com certa estrutura e segurança, mas com um grave problema: custou caro aos cofres públicos e ainda envolveu um terrível crime ambiental, denunciado por um vereador.
Enquanto isso, diversas cidades da Bahia realizaram festejos juninos na data correta. Nova Ibiá, Caravelas, Gandu, Uruçuca, entre outras, como Porto Seguro — que, inclusive, teve seus hotéis e pousadas lotados, atraindo milhares de turistas em plena baixa estação, gerando lucro, emprego e renda. Ou seja, de cidades pequenas a grandes, todas mostraram que, com planejamento e compromisso com o povo, é possível fazer festa com baixo custo aos cofres públicos, captando recursos de empresas privadas e do Governo do Estado.
O governador Jerônimo Rodrigues, vale lembrar, se prontificou a ajudar todos os municípios — inclusive os administrados por adversários políticos, como é o caso de Vitória da Conquista, que recebeu grande investimento estadual graças à apresentação de um projeto consistente.
Jequié, Ibicuí, Itororó e Itapetinga também tiveram apoio do Estado, sem gerar gastos abusivos. Já em Ilhéus, o São João antecipado custou uma fortuna, com apenas uma atração de peso: Maiara & Maraisa, ao custo de R$ 750 mil — sendo que, por problemas técnicos no equipamento caríssimo do palco, o show não durou nem duas horas. O público, frustrado, chegou a ensaiar uma vaia ao prefeito, o "Menino da Rádio".
Ilhéus precisa de competência, compromisso, planejamento e, principalmente, de um calendário turístico regular. Em sua campanha, o atual prefeito — que não costuma cumprir a palavra — prometeu um calendário aquecido, diferente do que chamava de “retrocesso” do governo anterior (a quem ele adora mirar no retrovisor). Repetiu em seus discursos vazios que Ilhéus teria uma Secretaria de Planejamento estruturada, o que até agora não se concretizou.
Seu “guru” arrogante, prepotente e intempestivo está mergulhado numa tal reforma administrativa que lembra os escândalos com aposentados: parece que nunca vai sair.
Segundo um membro da Secretaria de Turismo — que pediu exoneração com data marcada para 30 de junho —, o “menino da rádio” viajou para a China como simples intérprete, sem agenda oficial, apenas para passear e voltar ostentando sua pulseira e seu cinto importados nas reuniões com os secretários.
No dia de São João, realizou um show mixuruca de apenas um dia. E ele, que vive olhando pelo retrovisor, esquece que no governo anterior foram quatro dias de festa, com ampla participação popular e ônibus circulando durante toda a madrugada — sob a coordenação de Nino Valverde.
Nenhum secretário compareceu ao evento. Nem mesmo o próprio prefeito. O silêncio foi ainda mais grave por parte do secretário do Interior e do Turismo, escancarando a falta de interesse e compromisso com a população da zona rural.
Enquanto isso, em Itajuípe, o prefeito mostrou como se faz: com marketing bem executado, planejamento e organização, enviou kits de imprensa para os prefeitos das cidades vizinhas e à imprensa regional — materiais promocionais com informações detalhadas sobre o evento, ferramenta fundamental para divulgação espontânea e alcance de público.
Estiveram em Itajuípe o ex-prefeito de Ilhéus, e Pré candidato a Deputado Estadual, Mário Alexandre, a deputada Soane Galvão, todos os secretários municipais, prefeitos de cidades próximas, deputados e demais autoridades. A festa foi realizada na data correta e com apoio do Governo do Estado — fruto de um projeto levado à SUFORTUR com seriedade e articulação.
Por tudo isso, o arrependimento de quem acreditou e votou nesse governo só cresce. A rejeição, dia após dia, se torna insustentável.
O futuro será bem melhor.
Manoelito Puentes – DRT 6455/BA